quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Nenhum país pobre alcançará os ODMs - considera Xanana Gusmão



O PRIMEIRO-MINISTRO de Timor-Leste, Xanana Gusmão, afirmou ontem que nenhum país menos desenvolvido vai conseguir cumprir os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODMs) e que é preciso mudar as “mentalidades das políticas de desenvolvimento”.

“Numa altura em que nos aproximamos do ano de 2015, nem um dos países menos desenvolvidos conseguiu concretizar um só Objetivo de Desenvolvimento do Milénio”, disse o Primeiro-Ministro timorense.

Xanana Gusmão falava ontem em Dili, na sessão inaugural da conferência internacional sobre o desenvolvimento após 2015, ano para cumprimento dos ODMs definidos pela ONU.

“Estamos aqui todos para aprender uns com os outros e para nos ajudarmos mutuamente, de modo a podermos mudar o rumo das coisas em cada um do nossos países e no que diz respeito ao nosso relacionamento com a comunidade internacional”, disse o chefe do governo timorense.

Para Xanana Gusmão, é preciso “mudar as mentalidades das políticas de desenvolvimento e perceber as razões para haver ainda tanta pobreza no mundo com todo o esforço e a ajuda dos países doadores e das organizações internacionais”.

"Temos ainda de explorar o porquê de- neste mundo moderno e globalizado - as teorias económicas dominantes serem impostas aos pobres e fracos ou absorvidas por estes, quando estas teorias causam tanto sofrimento e só servem os interesses dos fortes e dos poderosos”, referiu.

A conferência, que termina hoje, é dedicada ao tema “Desenvolvimento para todos: Acabar com os conflitos, construir Estados e erradicar a pobreza”. Nela participam mais de 200 pessoas provenientes de vários países do mundo.

O encontro é organizado em conjunto com a Comissão da ONU para os Assuntos Sociais e Económicos da Ásia e do Pacífico, cooperação australiana e o g7+, organização que pretende melhorar a eficácia da ajuda internacional e que é composta por 18 Estados-membros, entre os quais se encontram Timor-Leste e a Guiné-Bissau.

As conclusões do encontro, que reúne representantes dos governos de vários países da Ásia, África e do Pacífico, sociedade civil e sector privado, vão ser incluídas na agenda do desenvolvimento global para depois de 2015 das Nações Unidas.

Fonte: Notícias



Sem comentários: