sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Estudo indica que tamanho de áreas marinhas protegidas é importante para assegurar biodiversidade


O estudo - que analisou o chamado Triângulo de Coral asiático, região que contém cerca de 30 por cento dos recifes de coral de todo o mundo e é considerada a que regista maior biodiversidade - "sugere que as áreas marinhas protegidas devem ser tão vastas e com ecossistemas tão diversificados quanto possível", disse o biólogo marinho Peter Etnoyer, um dos autores do estudo, publicado na revista científica PLoS ONE.


Áreas marinhas protegidas com áreas significativas "tornam possível a coexistência de mais espécies, mais habitats e mais diversidade genética, que significam maior capacidade das espécies de se adaptarem a alterações ambientais como o aumento da temperatura da água", adiantou Etnoyer num comunicado de apresentação do estudo divulgado pela agência dos Estados Unidos para os Oceanos e a Atmosfera (NOAA), que participou na investigação.

O Triângulo de Coral cobre uma área que se estende através do arquipélago das Filipinas, águas a leste do estado malaio de Sabah, no Bornéu, leste do arquipélago indonésio, Timor-Leste, Papua Nova Guiné e ilhas Salomão e é considerado a "amazónia dos oceanos", contendo mais de 3.000 espécies de peixes.

O estudo divulgado hoje conclui que a vastidão desta região oceânica, apesar de não ser toda protegida, é um dos principais fatores que permitem a adaptação à mudança. Relatórios anteriores indicam que mais de 85 por cento dos recifes estão já ameaçados por atividades humanas, como construção costeira, poluição e sobreexploração de recursos.

O estudo foi realizado por cientistas da NOAA, da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), universidade de Old Dominion, dos estado norte-americano de Virginia e do instituto de investigação Harte para estudos do golfo do México e analisou mais de 10.000 cartas de distribuição de espécies marinhas.

Uma das conclusões mais relevantes foi que a definição de habitats calculados em função da extensão de águas costeiras que ocupam é o melhor indicador de riqueza de espécies, seguida da variedade de ecossistemas e de temperaturas da superfície do mar.

O estudo defende que o alargamento de áreas protegidas é uma ferramenta fundamental da gestão de recursos marinhos.

Fonte: Lusa



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