terça-feira, 10 de abril de 2012

Cientistas desenvolvem vacina "universal" contra o cancro



Terapia, que tem como alvo uma molécula encontrada em 90% de todos os cancros, poderá resultar numa vacina universal
Uma vacina que pode treinar o corpo do paciente para procurar e destruir as células tumorais foi desenvolvida por cientistas. A terapia, que tem como alvo uma molécula encontrada em 90% de todos os cancros, poderá resultar numa vacina universal que permite o sistema imune dos pacientes lutar contra os cancros mais comuns, incluindo o da mama e o da próstata, avança o The Telegraph.
Resultados preliminares dos testes clínicos mostraram que a vacina pode estimular uma resposta imune nos doentes e reduzir os níveis da doença. Os cientistas por detrás da vacina esperam agora conduzir testes mais abrangentes em doentes para provar que ela pode ser efectiva contra diferentes tipos de cancro.
Os investigadores acreditam que a vacina possa ser usada para combater pequenos tumores, se eles forem detectados no estágio inicial, ou ajudar a prevenir o retorno e a propagação da doença em doentes que já tenham sido submetidos a outros tratamentos, como a cirurgia. As células cancerosas geralmente escapam do sistema do paciente porque não são reconhecidas como sendo uma ameaça.
Agora, os cientistas da Universidade de Tel Aviv, Israel, descobriram que uma molécula chamada MUC1, encontrada em grande quantidade na superfície das células cancerígenas, pode ser usada para ajudar o sistema imune a detectar tumores.
As células do cancro contêm níveis altos de MUC1, que parece estar envolvida no crescimento dos tumores. Células saudáveis também contêm a molécula, mas os níveis são muito baixos para activar o sistema imune após a vacinação. Além do mais, a MUC1 foi encontrada em 90% dentre todos os tipos de cancro.
Os estudos ainda vão ser formalmente publicados, mas se os testes adicionais provarem ser bem sucedidos a vacina poderá estar disponível dentro de seis anos. Além disso, as descobertas suportam outra pesquisa publicada no periódico Vaccine.
Outros cientistas dizem que esses resultados são apenas o início e que ainda vão ser completamente publicados, então há muito trabalho para terminar e provar que essa vacina é segura e efectiva nos pacientes com cancro.
Fonte: RCM Pharma

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