
As províncias de Niassa e Cabo Delgado, norte de Moçambique, estarão ligadas por estrada a partir do segundo semestre de 2012. Dados em poder do SAVANA indicam que as obras de construção da referida via arrancam este mês e vão custar cerca de 61 milhões de Euros (2.3 biliões de meticais).
A empresa CMC-África Austral é que será responsável pela construção do troço de 135 quilómetros, ligando o distrito de Montepuez, na província de Cabo Delgado, e a localidade de Ruaça no distrito de Marrupa, em Niassa.Segundo informações em poder do SAVANA, a construção da via em causa vai durar cerca de 30 meses, devendo terminar no início do segundo semestre de 2012. De Nerio Gridella, director da CMC-África Austral em Moçambique, soubemos que neste momento o empreiteiro está já a mobilizar maquinaria necessária bem como a montagem dos acampamentos nas redondezas das vilas sedes dos distritos de Montepuez e Balama.Financiada pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Cooperação Japonesa (JICA) e o Governo de Moçambique, a obra vai empregar cerca de mil pessoas, das quais 950 serão moçambicanas e 50 estrangeiras. Dos 950 nacionais cerca de 800 trabalhadores serão locais.Bastante importante para a comunicação e desenvolvimento das duas províncias, o projecto, além de mudar a dinâmica de vida naqueles dois pontos, irá também abrir oportunidades de empreitadas para pequenos construtores.Nerio Gridella referiu que, apesar da CMC-África Austral ser o empreiteiro principal da obra, não irá fazer todos os trabalhos. Parte das obras de pequena dimensão, como é o caso de construção de valas de drenagem, protecção da estrada contra a erosão, sinalização e pinturas serão adjudicadas a pe-quenas empresas que serão subcontratadas para o efeito.“É política da empresa ajudar pequenas empresas a promover o seu desenvolvimento”, disse. Num outro desenvolvimento, soubemos do nosso entrevistado que as obras de reabilitação e ampliação do troço Jardim-Benfica, na cidade de Maputo, já começaram, mas a visibilidade será notável a partir do próximo mês, quando as máquinas começarem a rodar ao longo da estrada em causa.Conta Gridella que, no presente momento, os trabalhos estão concentrados no melhoramento das vias alternativas com vista a minorar problemas de trânsito na via em reabilitação.É que durante 18 meses, período em que as obras vão durar, a Estrada Nacional número 1, mais con-cretamente no troço Jardim-Benfica, estará parcialmente disponível para o trânsito. Tendo em conta o volume do trânsito bem como a importância da via, o nosso interlocutor contou-nos que está a negociar com o dono da obra, Administração Nacional de Estradas (ANE), no sentido se optar por uma tecnologia rápida e consistente bem como fazer parte dos trabalhos no período nocturno, já que por essas alturas o volume de tráfego reduz significantemente. Orçadas em 22 milhões de dólares norte-americanos, as obras no troço acima referido consistirão na reabilitação e ampliação da via e na montagem do sistema de drenagem. A obra irá empregar entre 300 a 350 trabalhadores na fase de pico.Constrangimentos Um dos grandes constrangimentos que os gestores da empresa CMC-África Austral enfrentam durante a execução das suas obras são roubos de combustíveis e sabotagem dos seus equipamentos.De acordo com Nerio Gridella, estes problemas verificam-se mais em zonas de maior concentração populacional.O exemplo concreto vem das obras de reconstrução da estrada Vanduzi-Changara. Neste projecto, a CMC- África Austral enfrentou sérios problemas de roubos de combustíveis, facto que até certo ponto prejudicava o curso normal das actividades do empreiteiro.O roubo de combustíveis chega, até certo ponto, a encarecer o custo total da obra, o que além de pre-judicar o empreiteiro afecta também o dono da obra.A demora na disponibilização de fundos, sobretudo do Governo, também cria alguns transtornos.Gridella referiu que a sua empresa, embora com dificuldades, tem estado a gerir esta questão o que é totalmente diferente nas pequenas empresas que por causa das demoras podem até paralisar as obras.Para o nosso entrevistado, a CMC-África Austral tem a sorte de ser uma grande empresa e consequentemente ganha obras de grande envergadura, muitas vezes financiadas por parceiros internacionais como é o caso do Banco Mundial, Banco Africano, Cooperação Japonesa, União Europeia e outros, estes, se aprovam o projecto, é porque o dinheiro já está disponível, cabendo ao empreiteiro reunir todos condicionalismos exigidos.Quando é o Governo a pagar, a situação é um pouco diferente, porque este pode vir a ter constrangimentos não previstos ao nível orçamental. No presente momento, o Governo de Moçambique deve à empresa CMC-África Austral cerca de 15 milhões de dólares norte-americanos, enquanto que o município de Maputo tem por saldar cerca de quatro milhões de dólares.O valor [em dívida] corresponde a cerca de 10 a 15 por cento da facturação anual da empresa que está estimada em cerca de 120 milhões de dólares. “A situação já foi mais complicada, dado que o Estado moçambicano chegou a nos dever cerca de 30 milhões de dólares. Foi assim em Novembro do ano passado, mas agora o valor é reduzido”, disse.Manutenção de estradas Tem-se verificado com muita frequência, que obras de grande vulto e edificadas por altos valores monetários, registem muitas deficiências pouco depois da sua conclusão.Quando estes problemas se verificam, o empreiteiro aparece, no entender do cidadão, como sendo o responsável principal. Contudo, a aludida visão é totalmente diferente. O exemplo concreto é o do sistema de drenagem montado na zona baixa da cidade de Maputo.Para o director-geral da CMC-África Austral, a falta de manutenção e o mau uso das estradas é que acelera a degradação.“A manutenção de estradas significa limpeza de valas de drenagem, do sistema de evacuação de águas pluviais, pinturas, entre outros itens”, disse acrescentando que na nossa realidade a estrada não serve apenas para o trânsito de veículos, mas também como mercado, depósito de lixo, armazém de sucatas e outro material obsoleto.Esses factores associados, ajuntou, danificam rapidamente a estrada.Gridella referiu que uma estrada bem conservada e com manutenção de rotina pode durar entre 15 a 20 anos, mas se isso não se verificar nem cinco anos pode perdurar. Responsabilidade Social A CMC-África Austral não se dedica apenas ao negócio. A veia social tem também caracterizado o espírito desta empresa, conforme nos revelaram os seus responsáveis. Contaram ao SAVANA que a empresa investe anualmente cerca de um milhão de dólares norte-americanos em actividades sociais.Este valor é despendido, maioritariamente mas não só, nos apoios às actividades desportivas e recreativas, infra-estruturas comunitárias, educação e saúde, com maior enfoque para o combate à pandemia do HIV/SIDA.
Fonte: Savana
A empresa CMC-África Austral é que será responsável pela construção do troço de 135 quilómetros, ligando o distrito de Montepuez, na província de Cabo Delgado, e a localidade de Ruaça no distrito de Marrupa, em Niassa.Segundo informações em poder do SAVANA, a construção da via em causa vai durar cerca de 30 meses, devendo terminar no início do segundo semestre de 2012. De Nerio Gridella, director da CMC-África Austral em Moçambique, soubemos que neste momento o empreiteiro está já a mobilizar maquinaria necessária bem como a montagem dos acampamentos nas redondezas das vilas sedes dos distritos de Montepuez e Balama.Financiada pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Cooperação Japonesa (JICA) e o Governo de Moçambique, a obra vai empregar cerca de mil pessoas, das quais 950 serão moçambicanas e 50 estrangeiras. Dos 950 nacionais cerca de 800 trabalhadores serão locais.Bastante importante para a comunicação e desenvolvimento das duas províncias, o projecto, além de mudar a dinâmica de vida naqueles dois pontos, irá também abrir oportunidades de empreitadas para pequenos construtores.Nerio Gridella referiu que, apesar da CMC-África Austral ser o empreiteiro principal da obra, não irá fazer todos os trabalhos. Parte das obras de pequena dimensão, como é o caso de construção de valas de drenagem, protecção da estrada contra a erosão, sinalização e pinturas serão adjudicadas a pe-quenas empresas que serão subcontratadas para o efeito.“É política da empresa ajudar pequenas empresas a promover o seu desenvolvimento”, disse. Num outro desenvolvimento, soubemos do nosso entrevistado que as obras de reabilitação e ampliação do troço Jardim-Benfica, na cidade de Maputo, já começaram, mas a visibilidade será notável a partir do próximo mês, quando as máquinas começarem a rodar ao longo da estrada em causa.Conta Gridella que, no presente momento, os trabalhos estão concentrados no melhoramento das vias alternativas com vista a minorar problemas de trânsito na via em reabilitação.É que durante 18 meses, período em que as obras vão durar, a Estrada Nacional número 1, mais con-cretamente no troço Jardim-Benfica, estará parcialmente disponível para o trânsito. Tendo em conta o volume do trânsito bem como a importância da via, o nosso interlocutor contou-nos que está a negociar com o dono da obra, Administração Nacional de Estradas (ANE), no sentido se optar por uma tecnologia rápida e consistente bem como fazer parte dos trabalhos no período nocturno, já que por essas alturas o volume de tráfego reduz significantemente. Orçadas em 22 milhões de dólares norte-americanos, as obras no troço acima referido consistirão na reabilitação e ampliação da via e na montagem do sistema de drenagem. A obra irá empregar entre 300 a 350 trabalhadores na fase de pico.Constrangimentos Um dos grandes constrangimentos que os gestores da empresa CMC-África Austral enfrentam durante a execução das suas obras são roubos de combustíveis e sabotagem dos seus equipamentos.De acordo com Nerio Gridella, estes problemas verificam-se mais em zonas de maior concentração populacional.O exemplo concreto vem das obras de reconstrução da estrada Vanduzi-Changara. Neste projecto, a CMC- África Austral enfrentou sérios problemas de roubos de combustíveis, facto que até certo ponto prejudicava o curso normal das actividades do empreiteiro.O roubo de combustíveis chega, até certo ponto, a encarecer o custo total da obra, o que além de pre-judicar o empreiteiro afecta também o dono da obra.A demora na disponibilização de fundos, sobretudo do Governo, também cria alguns transtornos.Gridella referiu que a sua empresa, embora com dificuldades, tem estado a gerir esta questão o que é totalmente diferente nas pequenas empresas que por causa das demoras podem até paralisar as obras.Para o nosso entrevistado, a CMC-África Austral tem a sorte de ser uma grande empresa e consequentemente ganha obras de grande envergadura, muitas vezes financiadas por parceiros internacionais como é o caso do Banco Mundial, Banco Africano, Cooperação Japonesa, União Europeia e outros, estes, se aprovam o projecto, é porque o dinheiro já está disponível, cabendo ao empreiteiro reunir todos condicionalismos exigidos.Quando é o Governo a pagar, a situação é um pouco diferente, porque este pode vir a ter constrangimentos não previstos ao nível orçamental. No presente momento, o Governo de Moçambique deve à empresa CMC-África Austral cerca de 15 milhões de dólares norte-americanos, enquanto que o município de Maputo tem por saldar cerca de quatro milhões de dólares.O valor [em dívida] corresponde a cerca de 10 a 15 por cento da facturação anual da empresa que está estimada em cerca de 120 milhões de dólares. “A situação já foi mais complicada, dado que o Estado moçambicano chegou a nos dever cerca de 30 milhões de dólares. Foi assim em Novembro do ano passado, mas agora o valor é reduzido”, disse.Manutenção de estradas Tem-se verificado com muita frequência, que obras de grande vulto e edificadas por altos valores monetários, registem muitas deficiências pouco depois da sua conclusão.Quando estes problemas se verificam, o empreiteiro aparece, no entender do cidadão, como sendo o responsável principal. Contudo, a aludida visão é totalmente diferente. O exemplo concreto é o do sistema de drenagem montado na zona baixa da cidade de Maputo.Para o director-geral da CMC-África Austral, a falta de manutenção e o mau uso das estradas é que acelera a degradação.“A manutenção de estradas significa limpeza de valas de drenagem, do sistema de evacuação de águas pluviais, pinturas, entre outros itens”, disse acrescentando que na nossa realidade a estrada não serve apenas para o trânsito de veículos, mas também como mercado, depósito de lixo, armazém de sucatas e outro material obsoleto.Esses factores associados, ajuntou, danificam rapidamente a estrada.Gridella referiu que uma estrada bem conservada e com manutenção de rotina pode durar entre 15 a 20 anos, mas se isso não se verificar nem cinco anos pode perdurar. Responsabilidade Social A CMC-África Austral não se dedica apenas ao negócio. A veia social tem também caracterizado o espírito desta empresa, conforme nos revelaram os seus responsáveis. Contaram ao SAVANA que a empresa investe anualmente cerca de um milhão de dólares norte-americanos em actividades sociais.Este valor é despendido, maioritariamente mas não só, nos apoios às actividades desportivas e recreativas, infra-estruturas comunitárias, educação e saúde, com maior enfoque para o combate à pandemia do HIV/SIDA.
Fonte: Savana

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