sábado, 25 de julho de 2009

Compensando operadores: Governo mantém preços de combustíveis


O GOVERNO decidiu manter os preços de combustíveis líquidos e criar mecanismos para compensar os operadores pelos eventuais prejuízos que estejam a registar devido à falta de reajustamento da tabela de petrolíferos. O Ministro da Energia, Salvador Namburete, disse que o Executivo estima em cinco milhões de dólares norte-americanos o valor a ser mensalmente desembolsado para a compensação dos operadores. Ressalvou, contudo, que estes montantes poderão variar em função da dinâmica do mercado internacional.

Com esta medida o Governo pretende continuar a proteger a economia e a população, garantido a sustentabilidade de algumas indústrias que neste momento atravessam algumas dificuldades e desta maneira salvaguardar os postos de emprego.
Em Maputo, o Governo e os operadores desdobram-se, nos últimos dias, em encontros visando encontrar uma saída para os problemas ocasionados pelo não reajustamento atempado dos combustíveis.
O último reajuste do preço de combustíveis registou-se em Março, tendo-se fixado a tarifa do gasóleo em 22.45 meticais o litro, 23.10 meticais para o litro da gasolina e 15.58 meticais o litro do petróleo de iluminação.
A nível internacional o preço de barril que, no princípio deste ano custava cerca de 30 dólares, atingiu 62 dólares na semana passada.
Como forma de pressionar o Governo, nos últimos dias, algumas gasolineiras decidiram reduzir as quantidades de combustível disponível, provocando deste modo algumas carências. Esta medida seguiu-se a outros posicionamentos assumidos na semana passada, com os quais os operadores faziam saber que a normalidade das operações de distribuição e comercialização de produtos petrolíferos em Moçambique, estava profundamente comprometida.
É que, segundo os operadores, o comportamento do preço dos combustíveis no mercado internacional e no mercado moçambicano conhecem um conflito, pelo que a sustentabilidade da indústria petrolífera no país alcançou a fronteira do suportável.
Salvador Namburete classifica este posicionado dos operadores como tendo sido um acidente de percurso resultante de factores negociais, pelo que o diálogo está a fluir e que tais problemas estão a ser ultrapassados.
Acrescentou que o Governo tem vindo a cumprir com as compensações, não sendo verdade que os operadores arcam sozinhos as perdas resultantes da oscilação de preços no mercado internacional. Recordou que no ano passado, por exemplo, o Executivo teve de recorrer a medidas fiscais e não fiscais para conter os impactos da subida dos preços dos combustíveis no mercado internacional.
Para o caso específico do presente ano, Salvador Namburete garantiu que o país tem importações de combustível garantidas para os próximos três meses e que pelo menos até ao final do ano, não haverá agravamento de preços na praça para os consumidores, mesmo considerando a subida que se regista actualmente no mercado internacional.
A ameaça dos operadores ocorreu numa altura em que devido a problemas logísticos, a cidade da Beira vivia situações de carência de combustível facto que, segundo apurámos, esperava-se que se normalizasse ao longo do dia de ontem.
Ontem mesmo esperava-se a chegada na Beira do segundo navio carregando combustível para a região centro do país.
Fonte: Notícias

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