
O antigo juíz Antonio di Pietro, responsável pela investigação dos anos 90 conhecida como caso ‘Mãos Limpas’ e, desde 1998, líder do partido Itália dos Valores, acusa Silvio Berlusconi de ter entrado na política para escapar à Justiça.
Em entrevista ao jornal espanhol ‘El Mundo’, explicou que o primeiro-ministro não tinha o gosto da política, mas "quando viu que as investigações por corrupção do caso Mãos Limpas podiam acabar com ele, inventou uma terceira via: entrou na política e, através do controlo da informação, conseguiu ser eleito primeiro-ministro, tornar deputados alguns dos seus empregados, acólitos, cúmplices e advogados, e fazer leis para não ser processado".
Di Pietro afirmou ainda que o primeiro-ministro "está doente" e aconselhou-o a procurar um médico que o "ajude a envelhecer melhor", salvando-o da "impotência mental" que se expressa numa embaraçosa tara sexual. Inimigo jurado de Berlusconi desde os tempos de magistratura, Di Pietro pensa que Berlusconi não se vai demitir, pois se o fizesse "seria de imediato processado pelo caso Mills, o crime de corrupção no qual pagou 600 mil euros a David Mills para prestar falso testemunho a seu favor em dois julgamentos".
"A Itália está a atravessar uma grave decadência ética", considerou, lamentando a implantação na sociedade de "um modelo berlusconiano", patente na adoração pelos sem escrúpulos e pelos criminosos que triunfam.
Para terminar, o juiz que recusou vender-se a Berlusconi quando este o convidou para o governo, em 1994, denunciou a censura em vigo em Itália: "Aqui não poderia fazer uma entrevista como esta, porque ninguém a publicaria. Tenho de conformar-me em dizer o que penso através do meu blogue".
Fonte: Correio da Manhã
Em entrevista ao jornal espanhol ‘El Mundo’, explicou que o primeiro-ministro não tinha o gosto da política, mas "quando viu que as investigações por corrupção do caso Mãos Limpas podiam acabar com ele, inventou uma terceira via: entrou na política e, através do controlo da informação, conseguiu ser eleito primeiro-ministro, tornar deputados alguns dos seus empregados, acólitos, cúmplices e advogados, e fazer leis para não ser processado".
Di Pietro afirmou ainda que o primeiro-ministro "está doente" e aconselhou-o a procurar um médico que o "ajude a envelhecer melhor", salvando-o da "impotência mental" que se expressa numa embaraçosa tara sexual. Inimigo jurado de Berlusconi desde os tempos de magistratura, Di Pietro pensa que Berlusconi não se vai demitir, pois se o fizesse "seria de imediato processado pelo caso Mills, o crime de corrupção no qual pagou 600 mil euros a David Mills para prestar falso testemunho a seu favor em dois julgamentos".
"A Itália está a atravessar uma grave decadência ética", considerou, lamentando a implantação na sociedade de "um modelo berlusconiano", patente na adoração pelos sem escrúpulos e pelos criminosos que triunfam.
Para terminar, o juiz que recusou vender-se a Berlusconi quando este o convidou para o governo, em 1994, denunciou a censura em vigo em Itália: "Aqui não poderia fazer uma entrevista como esta, porque ninguém a publicaria. Tenho de conformar-me em dizer o que penso através do meu blogue".
Fonte: Correio da Manhã

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