Confirmou-se a existência de uma caso de gripe A em Portugal mas a ministra da Saúde Ana Jorge garante que não existe "qualquer risco de transmissão a terceiros" e que não há razões para uma "preocupação acrescida". Entretanto, as autoridades de saúde reuniram-se com directores de unidades públicas e privadas para acertar estratégias de combate à doença.
A portuguesa, de 30 anos, que teve gripe A H1N1 já não está a ser vigiada pelas autoridades de saúde e poderá mesmo já sair de casa nos próximos dias. A ministra da saúde garantiu ontem que já não há qualquer risco de transmissão e que a jovem - que regressou do México há cerca de 10 dias - está sem sintomas e já teve "alta clínica".
Ao que o DN apurou, a mulher terá sido atendida, na semana passada, nas urgências do hospital da CUF Descobertas, tendo depois sido encaminha da para casa, onde permaneceu em quarentena voluntária. Aliás, na sequência deste caso confirmado, ocorrido numa urgência de um estabelecimento particular, os directores de todas as unidades de saúde privadas foram chamados ontem a participar numa reunião com os responsáveis dos centros de saúde e hospitais públicos. O encontro, promovido pela Administração-Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, decorreu no hospital Pulido Valente durante a manhã e serviu para apurar a colaboração, até porque alguns privados têm os seus próprios planos de contingência para situações como esta.
De acordo com uma circular da Direcção-Geral da Saúde (DGS), "qualquer serviço de saúde do Serviço Nacional de Saúde ou privado pode receber um doente com uma situação suspeita, pelo que deve estar preparado para fazer a sua identificação".
No caso confirmado, a colaboração funcionou, garantiu ontem Ana Jorge. Isto apesar de ter sido logo no início da crise quando o plano de contingência para a nova gripe ainda estava a ser implementado, disse a ministra. A jovem optou por dirigir-se às urgências, tendo o hospital comunicado o caso à DGS e recebido instruções para fazer colheita para análises e enviar para o Instituto Ricardo Jorge. Depois deslocou-se para casa pelos seus próprios meios e permaneceu isolada. E logo que as suspeitas começaram a confirmar-se, a mulher forneceu informação e contactos dos familiares e amigos com quem tinha estado em contacto para que estes pudessem ser vigiados pela DGS. Até agora, nenhum revelou sintomas de gripe. Aliás, a própria doente superou a gripe sem necessitar de recorrer a anti-virais como o Tamiflu (ver P&R).
Isabel Vaz, presidente do Conselho de Administração do Grupo Espírito Santo Saúde, que gere outras unidades privadas, como o Hospital da Luz, em Lisboa, explica que os privados têm recebido directrizes claras. "Deram-nos instruções a tempo e horas, certinhas e fáceis de perceber", conclui, acrescentando que chegou a ter um caso suspeito nas urgências, que depois não se veio a confirmar. O procedimento a adoptar é igual aos outros hospitais: quando um caso é identificado deve ser enviado para um dos quatro centros de referência: Curry Cabral e Estefânia em Lisboa, HUC em Coimbra, e São João no Porto. Numa situação de crise grave, acrescenta Isabel Vaz, o hospital também tem capacidade para dar o seu contributo. "Quando se trata de saúde pública não há diferença entre público e privado", diz a responsável.
No Hospital da Cruz Vermelha ainda não houve casos suspeitos, "nem sequer de gripe normal", diz Pedro Magalhães, do Conselho de Administração. Mesmo assim, além de seguirem instruções da DGS, há uma equipa em alerta e a recuperar os procedimentos do plano de contingência da instituição. "O plano tem definidos que sectores param e quais continuam a funcionar. Numa situação muito grave, por exemplo, todas as cirurgias programadas não vitais seriam adiadas e a admissão de doentes reduzida. E todo o sector das grávidas ia ficar mais isolado, com menos visitas", explica o médico. Aliás, a Cruz Vermelha tem uma equipa que dá formação em empresas e que na altura da gripe das aves passou por mais de 200.
Entretanto chegam hoje a Lisboa mais de 370 passageiros vindos do México.
A portuguesa, de 30 anos, que teve gripe A H1N1 já não está a ser vigiada pelas autoridades de saúde e poderá mesmo já sair de casa nos próximos dias. A ministra da saúde garantiu ontem que já não há qualquer risco de transmissão e que a jovem - que regressou do México há cerca de 10 dias - está sem sintomas e já teve "alta clínica".
Ao que o DN apurou, a mulher terá sido atendida, na semana passada, nas urgências do hospital da CUF Descobertas, tendo depois sido encaminha da para casa, onde permaneceu em quarentena voluntária. Aliás, na sequência deste caso confirmado, ocorrido numa urgência de um estabelecimento particular, os directores de todas as unidades de saúde privadas foram chamados ontem a participar numa reunião com os responsáveis dos centros de saúde e hospitais públicos. O encontro, promovido pela Administração-Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, decorreu no hospital Pulido Valente durante a manhã e serviu para apurar a colaboração, até porque alguns privados têm os seus próprios planos de contingência para situações como esta.
De acordo com uma circular da Direcção-Geral da Saúde (DGS), "qualquer serviço de saúde do Serviço Nacional de Saúde ou privado pode receber um doente com uma situação suspeita, pelo que deve estar preparado para fazer a sua identificação".
No caso confirmado, a colaboração funcionou, garantiu ontem Ana Jorge. Isto apesar de ter sido logo no início da crise quando o plano de contingência para a nova gripe ainda estava a ser implementado, disse a ministra. A jovem optou por dirigir-se às urgências, tendo o hospital comunicado o caso à DGS e recebido instruções para fazer colheita para análises e enviar para o Instituto Ricardo Jorge. Depois deslocou-se para casa pelos seus próprios meios e permaneceu isolada. E logo que as suspeitas começaram a confirmar-se, a mulher forneceu informação e contactos dos familiares e amigos com quem tinha estado em contacto para que estes pudessem ser vigiados pela DGS. Até agora, nenhum revelou sintomas de gripe. Aliás, a própria doente superou a gripe sem necessitar de recorrer a anti-virais como o Tamiflu (ver P&R).
Isabel Vaz, presidente do Conselho de Administração do Grupo Espírito Santo Saúde, que gere outras unidades privadas, como o Hospital da Luz, em Lisboa, explica que os privados têm recebido directrizes claras. "Deram-nos instruções a tempo e horas, certinhas e fáceis de perceber", conclui, acrescentando que chegou a ter um caso suspeito nas urgências, que depois não se veio a confirmar. O procedimento a adoptar é igual aos outros hospitais: quando um caso é identificado deve ser enviado para um dos quatro centros de referência: Curry Cabral e Estefânia em Lisboa, HUC em Coimbra, e São João no Porto. Numa situação de crise grave, acrescenta Isabel Vaz, o hospital também tem capacidade para dar o seu contributo. "Quando se trata de saúde pública não há diferença entre público e privado", diz a responsável.
No Hospital da Cruz Vermelha ainda não houve casos suspeitos, "nem sequer de gripe normal", diz Pedro Magalhães, do Conselho de Administração. Mesmo assim, além de seguirem instruções da DGS, há uma equipa em alerta e a recuperar os procedimentos do plano de contingência da instituição. "O plano tem definidos que sectores param e quais continuam a funcionar. Numa situação muito grave, por exemplo, todas as cirurgias programadas não vitais seriam adiadas e a admissão de doentes reduzida. E todo o sector das grávidas ia ficar mais isolado, com menos visitas", explica o médico. Aliás, a Cruz Vermelha tem uma equipa que dá formação em empresas e que na altura da gripe das aves passou por mais de 200.
Entretanto chegam hoje a Lisboa mais de 370 passageiros vindos do México.
Fonte: Diário de Notícias

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